sábado, 28 de fevereiro de 2009

MEDO, ORGULHO FERIDO E INSEGURANÇA

"O maior inimigo de um amor pleno é o MEDO. O medo de não ser suficientemente amado, de não amar o suficiente, de não sermos a pessoa que pensamos que o outro quer, o medo da responsabilidade, da rotina, do compromisso, o medo de falhar, de se deixar ir, de amar e de se deixar amar. Mas há outro grande inimigo do amor: o orgulho. Quantas vezes não perdemos quem amamos por teimosia, mania, obsessão por argumentos racionais e orgulho ferido?

O ORGULHO FERIDO num homem é das maleitas mais difíceis de curar; por mais que ele ame uma mulher, se ela lhe abana o orgulho, vira-se o barco e vai tudo ao fundo. E fazer tremer o orgulho de um homem é mais fácil do que parece. É preciso conhecer bem os homens em geral e cada um em particular para não cometer erros inocentes que podem conduzir a uma derrocada inevitável. Por norma, os homens têm de sentir que são importantes na vida de uma mulher. E se por acaso ganham menos, são menos cultos ou menos viajados, se não dominam a realidade que os rodeia da mesma forma que a mulher, isso pode ser o suficiente para se sentirem inseguros ao lado dela.

A INSEGURANÇA é irmã do orgulho. A Natureza ensinou-nos que a maior parte das espécies animais só ataca sob duas condições: quando tem fome ou quando tem medo. E lá voltamos outra vez ao cerne da questão: o medo está na base das inseguranças, que geram atitudes orgulhosas de defesa, as quais podem revelar-se em gestos de ataque.

Um caso clássico é o do homem que, ao ser rejeitado por uma mulher, trata imediatamente de arranjar outra. Há muitas mulheres que fazem o mesmo, mas não exactamente pelas mesmas razões. Quando uma mulher é rejeitada por um homem e arranja outro, fá-lo para chamar a atenção, como quem diz: ‘Estou aqui, vem cá buscar-me, no fundo é de ti que eu gosto, és tu quem eu quero e de quem preciso ao meu lado’. Quando um homem sob as mesmas circunstâncias arranja outra mulher, está a passar a mensagem ‘o mundo está cheio de mulheres e portanto não preciso de ti para nada’. Ainda que saiba que no fundo é daquela que precisa, ainda que seja da anterior que gosta e não da nova. Mas há que manter a pose masculina e os códigos de honra de um macho, que se quer ver e ser visto como tal, ditam-lhe ao ouvido que não pode voltar atrás, porque isso não representa o triunfo do amor, mas uma derrota pessoal, impensável de superar.

As MULHERES são infinitamente menos orgulhosas. Para uma mulher voltar atrás não é uma derrota, é uma prova de amor. Conseguimos atirar para trás das costas ou passar uma esponja pelas patifarias ou passos em falso do nosso parceiro em nome de valores mais elevados. Há mulheres que o fazem pelos filhos, pela devoção inabalável do conceito de família, por medo da solidão ou porque simplesmente conseguem perdoar. Quando uma mulher já não consegue perdoar um homem é porque ele já gastou todos os créditos e ela já não consegue ter por ele nenhum respeito. É quando já não esperamos nada das pessoas que elas morrem no nosso coração.

Com os HOMENS não é assim: podemos viver no coração deles para sempre, ainda que mostrem ao mundo que já não nos amam. O orgulho fala mais alto, o preconceito da rejeição acaba por prevalecer no coração de um homem, que tem medo, sobretudo medo de ser rejeitado outra vez."

DIÁLOGO DE TIRAR O SONO E OBRIGAR A PENSAR

ELA: Já gosta de mim outra vez?!!
ELE: Muito...


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

NEM TUDO É FÁCIL

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado? Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível...
Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, mas também tornemos todos esses desejos REALIDADE!!!

Poema do Amor Perfeito

Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.

Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.

Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito?

Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se aleita,
entre pálpebras de areia...

Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.

(Cecilia Meireles)

Hoje estou com feitio de eremita!


DOUBT (2008) QUOTES

"Doubt can be a bond as powerful and sustaining as certainty."

"A woman was gossiping with her friend about a man whom they hardly knew - I know none of you have ever done this. That night, she had a dream: a great hand appeared over her and pointed down on her. She was immediately seized with an overwhelming sense of guilt. The next day she went to confession. She got the old parish priest, Father O' Rourke, and she told him the whole thing. 'Is gossiping a sin?' she asked the old man. 'Was that God All Mighty's hand pointing down at me? Should I ask for your absolution? Father, have I done something wrong?' 'Yes,' Father O' Rourke answered her. 'Yes, you ignorant, badly-brought-up female. You have blamed false witness on your neighbor. You played fast and loose with his reputation, and you should be heartily ashamed.' So, the woman said she was sorry, and asked for forgiveness. 'Not so fast,' says O' Rourke. 'I want you to go home, take a pillow upon your roof, cut it open with a knife, and return here to me.' So, the woman went home: took a pillow off her bed, a knife from the drawer, went up the fire escape to her roof, and stabbed the pillow. Then she went back to the old parish priest as instructed. 'Did you cut the pillow with a knife?' he says. 'Yes, Father.' 'And what were the results?' 'Feathers,' she said. 'Feathers?' he repeated. 'Feathers; everywhere, Father.' 'Now I want you to go back and gather up every last feather that flew out onto the wind,' 'Well,' she said, 'it can't be done. I don't know where they went. The wind took them all over.' 'And that,' said Father O' Rourke, 'is gossip!'"


1964, Escola de St. Nicholas, Bronx. Um animado e carismático sacerdote, o padre Flynn está a tentar acabar com os austeros uniformes escolares que são defendidos ferozmente, há já muito tempo, pela irmã Aloysius Beauvier, a directora com mão de ferro que acredita no poder do medo e da disciplina. Os ventos da mudança política estendem-se pela comunidade e a escola acaba de aceitar o seu primeiro estudante negro, Donald Miller. Mas quando a irmã James, uma inocente optimista, partilha com a irmã Aloysius a sua suspeita de que o padre Flynn presta demasiada atenção a Donald, a directora enceta uma cruzada pessoal para descobrir a verdade e expurgar Flynn da escola. Sem nenhuma prova para além da sua certeza moral, a irmã Aloysius vai entrar numa batalha de força com o padre Flynn ...

Gostei :)!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

DESENCONTROS

"Se ela pressentisse
O olhar que me devolve
As ânsias sem idade
Os olhares ao espelho sem piedade
A verdade foge trémula e sem serenidade

Se ele sentisse
Só por uma vez
Que paro quando fala
Que rio quando olha
E coro quando é para mim
E quero que me agarre

Ela nem imagina
Ele nunca me vai ver
Volto a cruzar-me com ela
Fingindo não o ver
E por isso nunca
Ele nunca vai saber
O quanto eu te quero

Ela vai rir-se quando lhe contar
Que um dia quis dar-lhe o mundo
Mas não a soube chamar
O seu cheiro passa solto
E leve como o ar

Ele vai ter um sonho por guardar
O tempo não tem escolha
E a alma passou longe
Adeus! Será que é Adeus?
Eu não te perco mais"

Margarida Pinto Correia


Há dias em que nos vêm à memória as lembranças mais bizarras... Uma coisa garanto: nunca vou conseguir entender que estas coisas me aconteçam, que alguém me diga anos volvidos: "um dia quis dar-lhe o mundo, Mas não a soube chamar ... nunca vais saber, O quanto eu te quero" ... AMAR SOZINHO NÃO É AMOR, É EGOÍSMO!

LUA ADVERSA

"Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu..."


Cecília Meirelles

TAMBÉM SOU ASSIM! NÃO TEM QUALQUER PROBLEMA, É SÓ UMA QUESTÃO DE ACEITAR E APRENDER A VIVER COM AS OSCILAÇÕES :(


ELOGIO

"Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu sorriso,
porque então morreria..."

P.S.
Engraçadinho... O poema tem autor!!! Pablo Neruda!!!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

COISAS QUE ME FAZEM SORRIR

E se de repente receber um sms a dizer "hoje está especialmente bonita"?!!

ISSO É:


O resultado de um magnífico fim de semana prolongado na praia, de um tom de pele bronzeado e um grande sorriso nos lábios!!!


P.S. Mais um pedido de casamento "não sério" e eu vou ficar com mau feitio!!! Que raio de moda que havia de nascer agora!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

SOU TÃO ARRUMADINHA...

Mal cheguei a casa fui logo formatar, juntar fotos e músicas aos posts dos últimos dias!!! A culpa é do perfeccionismo!!!

DIÁLOGO DE SURDOS

ELE:


ELA:

RESULTADO FINAL

TOU COM UMA NEURA MONUMENTAL... (não quero deixar a praia e voltar para casa)

O AMOR É O QUE CONTA NESTE MUNDO!

RESTA SABER O QUE É ISSO DO AMOR...
Como bem refere Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela", "Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. "
"Às vezes, quando o desejo nos impele, amar é espontâneo, mas muitas vezes significa escolher amar, decidir amar. Caso contrário, o amor não passaria de emoção, de superficialidade, ou até de egoísmo, e não aquilo que é na sua essência profunda: algo que compromete a nossa liberdade." (Jacques Philippe)
POR MIM, ADOPTO AS PALAVRAS DE J. L. Lorda:
"Não confundir o amor com a paixão dos primeiros momentos, que pode desaparecer. O verdadeiro carinho cresce na medida em que os dois estão mais unidos, porque partilham mais. Mas para partilhar é preciso dar. Dar é a chave do amor. Amor significa sempre entrega, dar-se ao outro. Só pelo sacrifício se conserva o amor mútuo, porque é preciso aprender a passar por alto os defeitos, a perdoar uma e outra vez, a não devolver mal por mal, a não dar importância a uma frase desagradável, etc. Por isso o amor também significa exceder-se, fazer mais do que é devido."

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

AMAR SIGNIFICA SEMPRE SABER PEDIR DESCULPA

"(...)tudo tinha a ver com perdão. As pessoas cometiam erros, seguiam caminhos errados, tomavam decisões péssimas. Mas enquanto houvesse amor e esperança, poderiam falar sobre os problemas, ver tudo sob uma nova luz, perdoarem-se umas às outras."

In "Espero por ti este Inverno"

Isto lembra-me que anda muita gente a precisar de ler este trecho...O problema não são os erros, mas a incapacidade que muitos parecem ter de falar sobre eles, ultrapassá-los, pedir desculpas sentidas e deixar-se perdoar! Para isso é preciso ter muita personalidade, coragem e humildade, qualidades que não abundam. Portanto, a maioria prefere "fugir" e "refugiar-se nos seus argumentos" de pássaro ferido na asa. É pena!

HOMENAGEM

É CARNAVAL...
LEMBREI-ME...


"Por que será que tem que ser assim
A gente gosta, a gente ama, a gente muda
E o tempo faz verdades nos teus olhos deixa ver
Solidão abusa
Foi tão bonito, tão intenso, tão maravilhoso
Cada segundo
E a vida nos revela cada dia uma nova cena
Um outro mundo"Cê" chega, me beija
Me olha nos olhos
E me diz então
Valeu! Foi bom, adeus!
Não vou chorar,
Nem vou me arrepender
Foi eterno enquanto durou
Foi sincero nosso amor
Mas chegou ao fim!
Guardei as fotografias
Coloquei numa caixa vazia
O que restou do amor"

(O meu foi sincero... e isso é o que realmente conta :D )

ORA Aí ESTÁ...

"As pessoas que não gostam de fazer coisas juntas provavelmente... bem provavelmente não deviam casar."

In "Espero por ti este Inverno"

TRABALHO (às vezes é uma paixão)

Hoje dei por mim na piscina, rodeada de cópias de acórdãos e de um gigantesco Código Civil anotado.
Estive a estudar e a preparar-me para elaborar uma peça processual, sendo certo que estou de férias.
Acontece que adoro o meu trabalho (o que não significa que sinta o mesmo pelo meu emprego).
Quando somos apaixonados por uma ciência, a busca de soluções deixa de ser um fardo e passa a desafio. Queremos chegar sempre mais longe, ser mais instruídos, defender melhores soluções. Enfim, queremos ser bons no exercício da nossa profissão (ou da nossa arte).
Sou uma apaixonada pelo que faço e só issa explica muitas das opções que fiz. Boas ou más foram as MINHAS opções e foram pelo gosto por ser cada dia uma melhor profissional, numa área em que o conceito de missão faz toda a diferença!

As preocupações potenciam o envelhecimento precoce

Parece-me que era capaz de me habituar a esta vida...

AND THE WINNER IS...

ME, ME, ME, ME, ME, ME, ME!!!
Oscar 2009

domingo, 22 de fevereiro de 2009

SOL DE INVERNO

"Sabe Deus que eu quis
Contigo ser feliz

Viver ao sol do teu olhar,
Mais terno.
Morto o teu desejo
Vivo o meu desejo
Primavera em flor
Ao sol de inverno
Sonhos que sonhei
Onde estão
Horas que vivi
Quem as tem
De que serve ter coração
E não ter o amor de ninguém.
Beijos que te dei
Onde estão
A quem foste dar
O que é meu
Vale mais não ter coração
Do que ter e não ter,
como eu.
Eu em troca de nada
Dei tudo na vida
Bandeira vencida
Rasgada no chão,
Sou a data esquecida
A coisa perdida
Que vai a leilão.
Sonhos que sonhei
Onde estão
Horas que vivi
Quem as tem
De que serve ter coração
E não ter o amor de ninguém.
Vivo de saudades, amor
A vida perdeu fulgor,
Como o sol de inverno
Não tenho calor."

SIMONE DE OLIVEIRA

SÁBIAS PALAVRAS

"As razões que levam uma mulher ao casamento são muitas e variadas. Há quem case por amor, por interesse, por uma necessidade de segurança, de pertença, para não ficar atrás das amigas que já casaram, por medo de ficar para tia, para não incorrer no juízo das pessoas que dizem: se aquela não se casou foi porque ninguém a quis e, se ninguém a quis, sabe-se lá o que está por detrás disso. Em suma, uma mulher arranja um marido por muitos motivos diferentes. Eu, porém, tive uma vida especial e estou convencida de que o casamento é uma promessa indissolúvel de amor e de fidelidade, um sacramento importante. O casamento é um facto íntimo e solene que comporta uma escolha de vida definitiva e que envolve um compromisso."
in "Feminino Singular"

É POR ESTAS E POR OUTRAS RAZÕES QUE ME PARECE QUE NÃO VOLTAREI A CASAR... TENHO APENAS PENA DE NÃO VIR A TER FILHOS, PENSO QUE SERIA UMA BOA MÃE (mas Deus saberá melhor).

DIA DIFERENTE

Hoje comi um crepe gigantesco com gelado e chocolate quente numa magnífica esplanada!
Hoje conheci dois auditores na esplanada!
Hoje aceitei um convite que devia ter recusado!
Hoje li um livro com 400 páginas de uma vez...que adorei!
Hoje apanhei um escaldão no peito.
Hoje senti-me tentada a "atirar-me ao mar" e dizer que "me empurrarem"!!!

Os homens

Os homens "comportam-se como se fossem PORTOS SEGUROS e depois revelam-se como realmente são: apenas uns meninos assustados!"

In Feminino singular

TEORIA DA COMPATIBILIDADE

NOTA PRÉVIA: não falo de paixão, falo de relacionamentos saudáveis e a longo prazo, falo de amor, falo do projecto-família...

Tive dois namorados que comentavam frequentemente ser completamente avessos à ideia de namorar uma fumadora. Ora, eu que estive 13 anos com um fumador e nunca peguei num cigarro, sempre me revoltei contra a teoria que apelidei de patética! À época parecia-me que se limitavam a julgar as pessoas por factores externos e, portanto, a dar importância à aparência em detrimento da essência.
Hoje andava a fazer a minha caminhada matinal na praia e apercebi-me que talvez os referidos ex-namorados tivessem razão...
Explico melhor!
Parece-me que as pessoas se podem apaixonar por outras completamente diferentes, viver momentos intensos, mas o que faz uma relação durar - com sucesso - é a sua compatibilidade! Não estou a falar de identidade, mas de compatibilidade.
Por exemplo, adoro praia, fazer exercício e comida saudável. Claro que não é obrigatório apaixonar-me por alguém com os mesmos gostos, mas a médio prazo, se as diferenças forem grandes, a probabilidade de dar para o torto é grande...
Imaginemos a cena: um casal de férias, ela levanta-se a horas de pequeno-almoço, sai para a praia e vai fazer a caminhada diária; ele, dorme até ao meio-dia, vai beber café e senta-se na esplanada a fumar um cigarro e a ler o jornal. Não tem mal, certo?
Pois...
Se calhar tem! Porque haverá um momento em que um deles (ou os dois) se vão sentir sozinhos nos seus "prazeres" e, mais tarde, ela vai acabar por encontrar uns amigos que a vão passar a acompanhar e ele vai descobrir que na mesa ao lado está sempre a mesma rapariga que também odeia mexer-se e que prefere ficar todo o dia na esplanada a comer e beber...

Exagero? Talvez! Agora, juntemos a questão de um ter uma profissão desgastante e o outro trabalhar apenas 6 horas/diárias e, durante esse período, ainda ter tempo para navegar na net.
Ainda não estão convencidos? Vou complicar mais um pouco...
Peguemos no casal em análise e , além das diferenças já referidas, imaginemos que têm uma cultura familiar diferente. Um veio de uma família tradicional, em que todos estão habituados a estar presentes na vida uns dos outros; o outro nasceu num conceito de família em que cada um deve desenvencilhar-se, não há refeições conjuntas , nem o hábito de dialogar...
Ponham lá estes seres a viver juntos... Impossível?!! Não direi tanto, mas que será muito difícil que resulte numa relação de uma vida, disso não tenho dúvidas!
E se não temos a ESPERANÇA que seja "até que a morte nos separe" não estaremos a MATAR O AMOR logo à nascença?

NUNCA É TARDE DEMAIS PARA UMA SEGUNDA (TERCEIRA, QUARTA...) OPORTUNIDADE

Quando me dão um dia de sol como o de hoje,
um passeio na praia e uma tarde de piscina
quase que acredito que
um dia vou conquistar o mundo...

"Deixa cair
Aposto que não passa do chão
À devida distância
Uma queda pode ser apenas percussão
Deixa morrer
O gesto que começou mal
Depois vais ter tempo
De reconstruir a tua catedral
Uma vez
Era o rei e o bobo
Separaram-se até mais ver
Mas não deixaram de se corresponder
Uma vez
Era o belo e o monstro
Também eles fizeram planos
De nunca deixarem de se entender
Conheço alguém
De quem mal me consigo lembrar
Abençoado quem tem quem
De vez enquando o venha visitar
Na tua mão
Pressinto um futuro feliz
Tira o lápis da boca
E escreve o que a solidão te diz
Uma vez
Era o génio e o louco
Separaram-se até mais ver
Mas não deixaram de se corresponder
Uma vez
Era o choro e o riso
Também eles fizeram planos
De nunca deixarem de se entender..."

Jorge Palma

PESSOAL E INTRANSMISSíVEL

"Saudades. É tão simples e certinho, como dois e dois serem quatro: tenho saudades. Dos rumores da tua presença, talvez amanhã talvez na sexta, do quiçá da tua chegada, da iminência da tua voz a meio da manhã e da mesa para dois, quadrada, demasiado grande (para quê, tanto espaço?); tu, do lado de lá, longe de mais e eu, debruçada sobre o prato, oferecida, a morder-me os lábios e a lamber-me os dedos, os cotovelos mal-educados em cima da toalha para que pudesse esticar-me o queixo um bocadinho mais na tua direcção, para que me visses tão nítida que nunca me duvidasses por um segundo sequer. Esqueci-me que, mesmo assim, mesmo com a certeza do meu rosto a fundir-se no teu hálito, serias tu a calares as palavras e a esqueceres-me primeiro."

Texto extraído de http://umamoratrevido.blogspot.com/

Quase tudo se consegue ultrapassar... A vida é difícil mas deve ser encarada com positivismo, não valendo a pena aprofundar coisas que na maioria dos casos não dependem do nosso controlo!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

AMOR OU DESEJO?

Estive a ler que "Em filosofia, o desejo é uma tensão em direcção a um fim considerado pela pessoa que deseja como uma fonte de satisfação. É uma tendência algumas vezes consciente, outras vezes inconsciente ou reprimida. Quando consciente, o desejo é uma atitude mental que acompanha a representação do fim esperado, o qual é o conteúdo mental relativo à mesma. Enquanto elemento apetitivo, o desejo distingue-se da necessidade fisiológica ou psicológica que o acompanha por ser o elemento afectivo do respectivo estado fisiológico ou psicológico."
Fiquei com dúvidas!
Quando somos "cercados pelo passado" é o amor que nos leva a ceder ou o desejo? Se o passado está há mais de um ano de distância, a vontade de aceitar revê-lo é sinal de amor ou deve ser reconduzido à satisfação do desejo?
Voto na resposta que reconduz ao desejo e, como dizia Epicuro, há que satisfazê-lo: "A propósito de cada desejo deve-se colocar a questão: 'Que vantagem resultará se eu não o satisfizer ?"
Agora não tenhamos ilusões, satisfeito o desejo (bem e repetidamente satisfeito, já agora), sigamos o nosso rumo em busca do Amor!
Não podemos ter qualquer dúvida que é o Amor que comanda a vida e não a luxuria ocasional!

LUXURY IS A MATTER OF HAVING OPTIONS

Adoro o mar, a praia, acordar, tomar o pequeno-almoço e sair para andar a pé cerca de duas horas no paredão, com o MP3 a tocar as minhas músicas favoritas!
Adoro parar a ver as ondas rebentar na minha praia de adolescente, onde agora só surfistas se atrevem a chegar.
Adoro esta sensação de liberdade, de realização pessoal... adoro acordar e pensar que vivi uma semana (quase) perfeita e que sou uma abençoada!
Adoro vestir o bikini, descer as escadas e poder estar junto à piscina a escrever o que me vai na alma, espreitando em simultâneo a rebentação das ondas no vasto areal!

Hoje sinto-me muito bem!

SEDE DE VIVER

Duas horas e quinze minutos e 286 kms depois eis-me a ouvir o mar! Perdida na areia na noite cerrada, percebi porque a rotina me aborrece, as pessoas limitadas me entediam e nunca páro muito tempo...
É que tenho sede de viver e o tempo vai-me escorrendo pelos dedos...
Tanto assim é que resolvi sair à noite sozinha pela primeira vez...foram precisos muitos anos para ganhar esta coragem! A vida só acontece quando não temos medo de a viver!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

ACIDENTES - RESPONSABILIDADE DE QUEM?

Sou uma condutora cuidadosa, faço piscas, cumpro as regras mas confesso que ando sempre nos limites... Gosto de andar depressa e, normalmente, não tenho tempo para perder!
Ora, isso significa que, em regra, tenho os riscos todos calculados.
O problema são os imponderáveis, por exemplo, os maçaricos!
Cenas típicas: cá vou eu auto-estrada fora na minha velocidade de cruzeiro e a minha condução "agressivo-prudente" quando o carro da frente trava na faixa da esquerda sem que nada o fizesse prever, ou então o carro que vou a ultrapassar guina para a esquerda porque o condutor se atrapalha, ou ainda aquele caso típico do condutor da frente que trava em curva e/ou a subir...

Nestes casos, quem será o verdadeiro responsável? Eu que conduzo dentro das regras mas nos limites? Ou o prinicipiante que ainda anda a aprender o que é verdadeiramente conduzir e está tão concentrado nele próprio e nas suas dificuldades que se esquece que anda mais gente na estrada e que a sua condução de principiante pode causar atrapalhação ao normal andamento dos restantes? Ou será que, nestes casos, ambos temos as nossas responsabilidades e, portanto, devemos concentrar-nos em sermos melhores condutores, em vez de julgar a condução alheia?

Tenho para mim que quem muito se concentra nos defeitos dos outros está a fugir de si mesmo e da autocrítica...
Enfim, vou tentar ser mais cuidadosa, em especial se desconfiar que circulo junto a recém-condutores, sem experiência e, portanto, mais susceptíveis e imprevisíveis!

Contudo, julgo que devia voltar a ser obrigatório os novatos assinalarem a sua condição de inexperientes de forma bem vísivel nos seus veículos! É que assim nós - os outros - podíamos claramente escolher nunca nos aproximarmos...
De certeza que assim se evitava muito desgaste de energia e seria menor o número de "embates" e de "acidentados"...

MATURIDADE

"Maturidade é a habilidade de controlar a ira e resolver as discrepâncias sem violência ou destruição.
Maturidade é paciência; e a vontade de deixar para depois o prazer imediato em favor de um benefício a longo prazo. Maturidade é perseverança; é a habilidade de levar um projecto ou uma situação adiante, apesar de forte oposição e retrocessos decepcionantes.
Maturidade é a capacidade de encarar desgostos e frustrações e derrotas sem queixa nem abatimento. Maturidade é humildade; é ser suficientemente grande para dizer me enganei; e, quando está correcta, a pessoa madura não necessita experimentar a satisfação de dizer: "te falei".
Maturidade é a capacidade de tomar uma decisão e mantê-la; os imaturos passam suas vidas explorando possibilidades, para, no fim, nada fazerem. Maturidade significa confiabilidade: manter a própria palavra, superar a crise; os imaturos são os mestres da desculpa, são os confusos e desorganizados; suas vidas são uma mistura de promessas quebradas, amigos perdidos, negócios sem terminar e boas intenções que nunca se convertem em realidade.
Maturidade é a arte de viver em paz com o que é impossível mudar!!!"

Acho que estou a atingir a maturidade, preciso apenas dominar a arte de viver em paz com o que é impossível mudar! Isso implica também aceitar que não compreenderei (nem serei facilmente compreendida pelos mais jovens) e, consequentemente, devo retornar definitivamente à companhia mais adulta.
No fundo é regressar às origens: sempre preferi o convívio com pessoas mais velhas, pela gentileza da linguagem e do trato, possibilidade de partilha de conhecimentos por elas adquiridos e sensação de protecção que me dão.
Do ponto de vista romântico, gosto de cavalheiros, bem educados e cultos, qualidades que também pressupõem experiência de vida.
Acho bonita esta fase da vida em que me encontro - maturidade - em que mesmo os erros cometidos são uma opção consciente e não uma acção inconsequente e irreflectida.

APARENTES CONTRADIÇÕES

ODEIO fazer malas, mas ADORO fazer-me à estrada, a bagagem cheia de coisas que não vou usar, o rádio com o meu som e as expectativas em alta...

ODEIO dizer adeus, mas ADORO partir à descoberta de novos mundos e novas pessoas...

ODEIO a solidão mas ADORO estar só comigo mesma, a ouvir o mar...

Sou um ser complexo, mas curiosamente, com o passar do tempo, fui deixando de ter complexos por ser diferente da maioria!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

De que falamos quando falamos de amizade?

"Ter amizade é uma coisa muito nobre, muito grande. Mas a amizade deve levar a ter actuações leais na vida, porque o amigo não pode ser um cúmplice. É-se cúmplice para cometer delitos, coisas vergonhosas. A amizade é para realizar, com outros, coisas boas boas a favor de outras pessoas. Se não, não é verdadeira amizade." (Josemaría Escrivá)

Sou muito zelosa das minhas amizades. Quando gosto das pessoas, gosto mesmo!
Os meus amigos são pessoas de quem gosto de forma profunda, com quem me preocupo e que desejo ver felizes. Talvez se deva ao facto de ser filha única que vejo os meus amigos como os “irmãos” que eu escolho. Obviamente que levo muito tempo a considerar alguém como um amigo e nem sempre faço as escolhas mais acertadas.

Afinal, como disse, E. Cunningham “Amigos são aquelas pessoas raras que nos perguntam como estamos e depois ficam à espera da resposta.”

Às vezes acontece-me conhecer pessoas que – parecem – especiais, e, portanto, permito que entrem na minha vida e me acompanhem no meu percurso (e vice-versa, claro). Algumas permanecem anos a fio (os meus amigos), outras ficam pelo caminho... A estas últimas não posso chamar amigos, pois “a amizade que acaba nunca principiou”(Publius Syrus), mas não é por isso que deixam de ser importantes.

Afinal como disse alguém: “Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.”

Desde que aceitei esta realidade deixei de me sentir tão triste quando alguém sai da minha vida. Tento não empurrar para fora e manter uma porta aberta, mas quando alguém decide uma e outra vez sair, o melhor que tenho a fazer é deixá-la ir. Provavelmente isso significa que cumprimos os nossos destinos na vida um do outro (estivemos junto por uma Razão ou por uma Estação).

De qualquer forma, privilegio os relacionamentos para a vida inteira, mas esses implicam que ambos estejamos aptos a ouvir coisas que não gostamos, apostados na disponibilidade, sinceridade, honestidade e tenhamos capacidade de partilhar lições para a vida inteira (apostados numa formação emocional sólida) e nem toda a gente possui talento para tal. Afinal, o amor é cego, mas a amizade é clarividente e isso explica tudo!



P.S. “Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Às vezes, essas pessoas morrem. Às vezes, eles simplesmente se vão. Às vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.
Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".
Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida." (autor desconhecido)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Do tempo

"Deus nos pede do tempo estreita conta
É preciso dar conta a Deus do Tempo!?
Mas como dar, do Tempo, tanta conta,
Se se perde sem conta tanto tempo?!
Para fazer a tempo a minha conta,
Dado me foi por conta, muito tempo,
Mas não cuidei no tempo e foi-se a conta ...
Eis-me agora sem conta ... eis-me sem tempo ...!
Ó vós, que tendes tempo e tendes conta,
Não o gasteis, por nunca, em passatempo,
Cuidai enquanto é tempo, o terdes conta
Ah! Se quem está em conta de seu tempo
Tivesse feito a tempo, preço e conta,
Não chorava, sem conta, o não ter Tempo."

Soneto escrito no século XVII por Frei Castelo Branco

SAUDADE

"De quando me ligavas só para me ouvires e eu, convencida de que te lembraras de picar o ponto porque sim, porque era apenas mais um dia de trabalho encerrado em monotonias pasmadas. Eu, a pensar que tanto se nos dava como se nos daria, que era assim mas poderia ser assado, que nada restaria a final das nossas vozes, que se encontravam naquelas banalidades de meios de manhã e de fins de tarde. Eu, a achar que tudo em mim ficaria na mesma e que passaria ao lado da casualidade aparente do teu timbre gentil, que se me chegava entrecortado por uma emoção traiçoeira (ou apenas pela fraca cobertura de rede, quem sabe)."

RAPTO

"Estupidamente, tenho-me de atalaia à espera uma mensagem tua que sei que não chega: tu, a fingires que não o és e a fazeres o teu preço, a exigires por fim qualquer coisa de valor, uma troca por troca, as letras grosseiramente recortadas de notícias de jornal, a formarem palavras de ordem, o cheiro requentado da tinta, o T maiúsculo agarrado agora ao meu polegar húmido e nervoso, que comprime com força a folha amarrotada e suja de tanto corta-e-cola, e eu, a ler-te: "Tenho-o comigo, raptei-o. Para o reaveres, terás de pagar em milhões de papel-palavras-moeda. Uma mala cheia delas, agarrada ao teu pulso por uma corrente. Traz-ma amanhã à noite e não te esqueças da chave. Encontramo-nos na ponte, tu sabes onde: no alinhamento da lua cheia. Vem só e não me tentes enganar, se não, o teu coração morre."

in http://umamoratrevido.blogspot.com/

E ASSIM COMEMORAMOS A PASSAGEM DE UM ANO!

"Brinco contigo e com o desejo que nos temos, porque somos, fundamentalmente, amigos e é assim que os amigos fazem: contam-se segredos, partilham impossíveis e tocam-se pela rama. Brinco connosco e com esta pesca ao arrasto, em que nos atiramos redes esburacadas e nos escapamos como golfinhos com sorte, semana após semana, porque te acho graça a essa fuga em frente, desmazelada e perigosa. Brinco comigo, porque me vejo excessiva e ridícula, a querer-te de modo tão perdulário quanto inútil, refém de um desejo-tractor inutilizado e avariado num palheiro de quinta. Brinco, porque sei que me desperdiço as horas e me vou gastando com nada, mas, que queres, acho-me graça, à perseverança amorosa e à disponibilidade sorridente, que me acrescentam sempre algo de bom. Gozo com o sexo bestial que nos invento em coreografias madrugadoras, porque jurei que pela minha pele nunca mais perpassaria a angústia de não te poder ter e eu cumpro sempre as minhas juras (menos a que às vezes te faço, que é a de deixar de te querer). Brinco, porque às vezes me sinto outra vez miúda de sardas e de dentes de coelho, à beirinha do último degrau do prédio e do primeiro amor, a provocar-me vertigens, curiosa dos mistérios da queda brusca. Brinco contigo e com o desejo que nos temos porque somos, fundamentalmente, amigos (e é assim que os amigos fazem)."

IN Um amor atrevido (blog)