sexta-feira, 31 de julho de 2009

Futilidade e Preconceito

"Prefiro sofrer a futilidade do preconceito mas divertir-me a padecer do preconceito da futilidade e engrossar a lista dos infelizes para sempre"

Daniel Nascimento

quinta-feira, 30 de julho de 2009

FRASES CURTAS (5)

"So how can I give anymore
When I love you a little less than before?"

ADORO AS FÉRIAS!!!

LEITURA DE PRAIA


"Não serve de nada, uma pessoa ficar ensimesmada e perder o seu tempo. Temos de procurar viver normalmente , um dia de cada vez. (...) Andar nas calmas, beber muita água"


"(...)as recordações são o combustível que permite às pessoas continuarem vivas.(...)acho que se não tivesse essa tal gaveta cheia de recordações dentro de mim, há muito que me teria deixado ficar caída no fundo da valeta e deixado morrer. Só porque posso trazer à luz do dia as memórias que essa tal gaveta encerra - tanto as lembranças importantes como as outras, que de nada servem - é que me aguento no balanço e consigo levar por diante o pesadelo que representa esta vida. Alturas há em que chego a pensar que já não aguento mais, mas, depois, de uma maneira ou de outra, a verdade é que consigo."

"(...)não podemos traçar uma linha para dividir as nossas vidas e dizer aqui é a luz e aqui é a sombra. Existe uma zona de sombras no meio, marcada pela semiobscuridade. Faz parte da inteligência saudável reconhecer esses matizes, compreendê-los. E adquirir esse inteligente conhecimento das coisas, implica tempo e esforço."

Haruki Murakami
After Dark, os passageiros da noite

quarta-feira, 29 de julho de 2009

FRASES CURTAS (4)

"It's a hard life
To be true lovers together
To love and live forever in each others hearts
It's a long hard fight
To learn to care for each other
To trust in one another right from the start
When you're in love"

terça-feira, 28 de julho de 2009

FRASES CURTAS (3)

"Era eu a convencer-te que gostas de mim
E tu a convenceres-te que não é bem assim...
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro
E tu a argumentares os teus inevitáveis(...)
Eras tu a falar para esconder a saudade
E eu a esconder-me do que não se dizia
Afinal quebramos os dois...(...)
Eu fugia do toque como do cheiro
Por saber que era o fim da roupa vestida(...)
É quase pecado o que se deixa......
Quase pecado o que se ignora..."

FRASES CURTAS (2)

"And you make me talk and you make me feel, And you make me show what I'm trying to conceal! If I trust in you would you let me down? Would you laugh at me if I said I care for you? Could you feel the same way too?"

segunda-feira, 27 de julho de 2009

domingo, 26 de julho de 2009

Moderar as Expectativas...

ESTOU DE FÉRIAS!!!

"Ordinário desaire de tudo o que é muito celebrado antes é não chegar depois ao excesso do que foi concebido. Nunca o verdadeiro pôde alcançar o imaginado, porque fingir perfeições é fácil; difícil é consegui-las.
Casa-se a imagi­nação com o desejo e concebe sempre muito mais do que as coisas são. Por maiores que sejam as excelências, não bastam para satisfazer o conceito, e, se o enganam com exorbitante expectação, é mais rápido o desengano que a admiração. A esperança é grande falsificadora da verdade: que a cordura a corrija, fazendo que a fruição seja superior ao desejo. Princípios de crédito servem para despertar a curiosidade, não para empenhar o obje­cto. Melhor resulta quando a realidade excede o conceito e é mais do que se acreditou. Essa regra faltará no que é mau, pois ajuda-o a própria exageração; desmente-a o aplauso, chegando a parecer tolerável o que se temeu ser ruim ao extremo."

Baltasar Gracián y Morales, in 'A Arte da Prudência'

TOMORROW IS ANOTHER DAY

Fui ver a Anastacia ao Pavilhão Atlântico. Diverti-me muito. Dancei duas horas com intervalo para reviver sentimentos e pessoas.

Anastacia é a autora da banda sonora de uma fase da minha vida. Não discuto o talento... a mim transmite-me mensagens positivas, dá-me energia.

COM SORTE, UM DIA TAMBÉM ME ACONTECE...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

ESCOLHER A FELICIDADE

"Nem paz nem felicidade se recebem dos outros nem aos outros se dão. Está-se aqui tão sozinho como no nascer e no morrer; como de um modo geral no viver, em que a única companhia possível é a daquele Deus a um tempo imanente e transcendente e a dos que neles estão, a de seus santos. Felicidade ou paz nós as construímos ou destruímos: aqui o nosso livre-arbítrio supera a fatalidade do mundo físico e do mundo do proceder e toda a experiência que vamos fazendo, negativa mesmo para todos, a podemos transformar em positiva. Para o fazermos, se exige pouco, mas um pouco que é na realidade extremamente difícil e que não atingiremos nunca por nossas próprias forças: exige-se de nós, primacialmente, a humildade; a gratidão pelo que vem, como a de um ginasta pelo seu aparelho de exercício; a firmeza e a serenidade do capitão de navio em sua ponte, sabendo que o ata ao leme não a vontade de um rei, como nos Descobrimentos, mas a vontade de um rei de reis, revelada num servidor de servidores; finalmente, o entregar-se como uma criança a quem sabe o caminho. De qualquer forma, no fundo de tudo, o que há é um acto de decisão individual, um acto de escolha; posso ser, se tal me agradar, infeliz e inquieto."

Agostinho da Silva, in 'Textos e Ensaios Filosóficos'


quarta-feira, 22 de julho de 2009

SER DIFERENTE

"A única salvação do que é diferente é ser diferente até o fim, com todo o valor, todo o vigor e toda a rija impassibilidade; tomar as atitudes que ninguém toma e usar os meios de que ninguém usa; não ceder a pressões, nem aos afagos, nem às ternuras, nem aos rancores; ser ele; não quebrar as leis eternas, as não-escritas, ante a lei passageira ou os caprichos do momento; no fim de todas as batalhas — batalhas para os outros, não para ele, que as percebe — há-de provocar o respeito e dominar as lembranças; teve a coragem de ser cão entre as ovelhas; nunca baliu; e elas um dia hão-de reconhecer que foi ele o mais forte e as soube em qualquer tempo defender dos ataques dos lobos."

Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes'

DE REGRESSO A CASA

As minhas obras de renovação estão a terminar e pude finalmente regressar a casa (à velha e acolhedora casa de sempre, mas com um ar rejuvenescido, mais "clean" e moderna.
Espero voltar aos poucos à minha rotina, à escrita, à leitura e começar finalmente a usufruir deste verão (ou até gozar uma Primavera tardia).


ESTOU MUITO FELIZ COM A MINHA "NOVA" CASA DE SEMPRE!!!

domingo, 19 de julho de 2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

FECHADO PARA OBRAS!


Estou cansada!!!
Tenho a casa de pantanas!

Pintura geral... mudança de visual

Estou ansiosa por ver o resultado final e iniciar os retoques de decoração. Esta fase põe-me com mau feitio. Gosto de sossego e arrumação e assim não tenho nenhuma das coisas. E o trabalho que isto dá?!! A traquitana que se acumula com o passar dos anos?! Incrível!!!

Além disso, constatei que passei demasiado tempo rodeada de Homens (no tempo em que tinham barba rija e se destinguiam facilmente das mulheres, quer no aspecto como na personalidade). Hoje - como eles - sou incapaz de distinguir cores como verde jade ou café com leite e outras preciosidades que uma amiga perita no tema (cheia de paciência e com muita dedicação) vai escolhendo para alindar a minha casa. Com fé e confiança lá vou comprando o que me diz, sem a menor aptidão para imaginar o resultado final.
Sou uma péssima "cliente" da minha amiga arquitecta!!!

A verdade é que esta semana tem sido intensa: encontrei muitas coisas que julgava perdidas e outras que nem sabia que tinha! Relembrei amigos que fui perdendo ao arrumar os DVDs, amores que acabaram ao ordenar os CDs e até pessoas importantes que, entretanto, faleceram enquanto catologava livros.

Sou uma pessoa de afectos! E se virmos bem é o que realmente conta: as pessoas passam os afectos permanecem!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A PROPÓSITO DE UMA "DESPEDIDA" INESPERADA NUM QUALQUER AEROPORTO...

"Acredito nos fins irreversíveis. Acredito na impossibilidade real do encontro, no poder afirmativo da ausência, no esbatimento das lembranças, hoje inteiras amanhã pela metade como frescos por restaurar, pedaços de asas de anjo em tectos abobadados, bocados de tinta e estuque que se soltam de nós com o passar oxidante do tempo. Acredito no dedo que se contrai antes do send, no delete antes do envio, no move to draft, nas palavras em suspenso no nada. Acredito no SMS não enviado, no telefonema que não chega a ser feito, no nome que fica na lista, perdido entre os contactos profissionais. Acredito no dito que nunca será dado pelo não dito, na vida que continua a esgalgar-se à nossa frente, nos homens e nas mulheres que nos apagam e apagarão de vez um do outro. Acredito nos teus e nos meus amores maiores, nas opções certas e na determinação da escolha. Acredito que se pode jogar e ganhar, mesmo quando se pensa que se perde, e também creio no inverso: que às vezes se perde mas se está convencido de que se ganhou. No entanto, não acredito numa única palavra do que me disseste para além daquilo que é a verdade. Vais sentir-me em ti durante algum tempo, a revolver-te os órgãos internos e a retirá-los aos bocadinhos com uma colher nalgumas das noites em que ficares acordado, a enfiar-te agulhas nas plantas dos pés quando estiveres em casa ao domingo porque está a chover, e a aparecer-te no espelho retrovisor quando olhares por cima do ombro a ver se podes ultrapassar. Exagero? Talvez. Afinal, podes já ter esquecido muito entretanto, atropelado pela realidade, mas aposto que ainda te lembras da minha tendência para o drama quando aqui chego. E as saudades (essas) são reais e não são só minhas. As saudades têm a forma de mesas de esplanada, reflectem-se num copo alto com gelo derretido dentro, num carro velho impregnado de vestígios do crime, num café esquecido que arrefeceu na chávena e no prato do dia partilhado numa tasca. As saudades têm número de porta e nome de rua. E contra isso não podes fazer nada."

http://umamoratrevido.blogspot.com/

domingo, 12 de julho de 2009

A TEORIA NÃO CUSTA... GOSTAVA ERA DE VER ISTO NA PRÁTICA!!!

"O amor também é assim: quando semeamos o que pode vir a ser um grande amor, fazêmo-lo com todo o cuidado: somos prudentes na forma de agir e com o que dizemos, ouvimos o outro, queremos conhecê-lo devagar, damos-lhe atenção, carinho e protecção, ao mesmo tempo que damos tempo e espaço. Damos como sabemos e o melhor que podemos, com alguma conta, peso e medida, mas sem nunca fazer contas nem exigir cobranças.

Há um lado alquímico no amor, aquela capacidade de entender o outro mesmo quando ainda mal o conhecemos, e de o aceitar com os seus defeitos, os seus cigarros e os seus silêncios. A esse mistério, tão belo quanto inexplicável, junta-se uma boa dose de optimismo, bonomia e bom senso quanto baste para que o dia a dia se torne um prazer e a rotina não o contamine.

É mais ou menos como ser poeta ou realizador de cinema todo os dias: cada cena da vida real pode tornar-se um momento adorável, quando, por exemplo, um acorda e o outro lhe preparou o pequeno-almoço e lhe deixou escrito no wallpaper do computador: ‘good morning my love’. Pode parecer uma lamechice para aqueles cujo coração já secou como uma velha árvore ou se fez em pedra e pó de tanto olhar para o passado, mas para quem o mantém fresco e aberto, pequenos gestos como este são capazes de alterar o ciclo da Lua.

E, para quem sempre acreditou que o amor é feito de pequenos gestos, esta é a maior recompensa para um amor semeado com amor e cuidado. É a lei do eterno retorno enviada por correio azul; Mercúrio dá a mão a Cupido e Vénus aplaude sentada numa nuvem que paira no Olimpo. "

"UMA RELAÇÃO também pode – e deve – ser vista seguindo o espírito dumasiano de um por todos, todos por um, embora mandem as regras do bom senso que todos sejam apenas dois, e que outros elementos de equipa que a ela se juntem apareçam sob a forma de descendentes. Três foi a conta que Deus fez, mas não para casais, apesar do próprio Dumas também ter afirmado que o casamento é um fardo tão pesado que precisa de duas pessoas, por vezes três para carregá-lo. A questão do número é, mesmo assim, menos basilar do que a do género, já que nas últimas décadas as grandes mudanças que se operaram na sociedade serviram para diluir o papel do homem e para fortalecer o papel da mulher enquanto indivíduos, o que resultou em algumas indefinições, ambiguidades e confusões para ambos os lados do campo de jogos.
O HOMEM ainda gosta de se sentir o provider, mas respira de alívio se a mulher também trouxer algum dinheiro para casa; e a mulher apregoa a sua independência alto e bom som mas, no fundo, gosta de ter alguém que a proteja e a apoie. E se qualquer um vai às reuniões da escola ou sabe mudar uma fralda, ainda são as mulheres que amamentam e ainda são os homens que vão para o jardim jogar à bola com filhos.
O ESPÍRITO de equipa é como tudo na vida, exige treino e concentração. É preciso ser humilde, bom ouvinte e ter capacidade para desenvolver empatia pelo outro. Perceber o que é importante para ele, o que o faz feliz e o que mais o incomoda, ao mesmo tempo que temos a obrigação de lhe transmitir o que é importante para nós. Tal como no ténis, há sempre uma rede pelo meio. É preciso deixar que o outro faça os seus serviços e marque alguns pontos, e depois trocar de lado no campo e fora dele, dar espaço e tempo e dar a mão à palmatória se for caso disso, sem nunca perder a mão nem a dignidade. GOSTO de pensar que uma relação envolve mais amor do que poder, mais generosidade do que egoísmo, mais tempo do que dinheiro. Gosto de pensar que uma relação é como uma ponte: a pouco e pouco, os dois lados vão--se aproximando cada vez mais, até àquele momento mágico em que o tabuleiro se une no centro, entre os dois pilares. E, já agora, sem portagens nem cobranças em nenhuma das extremidades. Ou se veste a camisola para o bem e para o mal ou então o melhor é ir a nado. "


http://sol.sapo.pt/blogs/margaridarebelopinto/default.aspx

O VALOR (ESQUECIDO) DA AMIZADE

"A amizade é o ingrediente mais importante para uma vida feliz, professava Epicuro de Samos, filósofo grego, o mesmo que considerava a prudência mãe de todas as virtudes, ainda mais importante do que a própria filosofia. O homem que classificou os desejos em naturais e frívolos, acreditava que a felicidade era possível e desejável através da tranquilidade do corpo, só alcançável com bom sono e nutrição adequada. Classificando a riqueza e a glória como prazeres artificiais e a imortalidade como um desejo irrealizável e, por isso mesmo, também ele frívolo, Epicuro dizia que não é a morte que é dolorosa, mas a sua antecipação, sendo feliz aquele que alcança a libertação da dor e do medo. Talvez os amigos nem sempre possuam a capacidade de nos libertar de dor, mas certamente têm um papel fundamental no que respeita ao medo, nomeadamente ao medo da solidão. Em caso de separação ou viuvez, é normal que os mais próximos se organizem numa espécie de congregação tácita para marcar presença e fazer companhia a quem precisa. São gestos espontâneos, porém conscientes. Quando um amigo sofre a dor profunda de uma perda irremediável, é preciso accionar os mecanismos necessários para ajudar a atenuar a dor, sob a forma de atenção, carinho e companhia.Ora isto é também uma forma de amor. Amar os nossos amigos é uma prática saudável, prudente e frutífera. A amizade tem encantos imbatíveis. É uma forma sublime de amor, mas sem preço nem prazo de validade. Aceitamos nos nossos amigos idiossincrasias que nunca admitiríamos ao nosso amor e não lhes cobramos falhas e ausências com a mesma ferocidade. Estamos lá, para o que der e vier, aconteça o que acontecer, tal como no amor puro e incondicional. Só que no amor procuramos e reclamamos uma troca justa, ou pelo menos equitativa, enquanto que na amizade, que não sofre da idealização, aceitamos os defeitos sem que isso sirva para o crucificar. Os casais mais felizes que conheço e com relações mais duradouras são, também, grandes amigos. Há em todos uma linha subjacente de entendimento tácito e de tolerância treinada para aceitar os defeitos do outro, ao mesmo tempo que a empatia, enquanto capacidade de entender o que o outro quer e deseja, actua em quase todos os momentos. Essa capacidade de pensar no bem-estar do outro e de conseguir perceber o que o faz feliz ou o que o entristece parece muito mais fácil de alcançar em relação aos amigos do que quando se trata do nosso mais que tudo. Porquê?Porque não paira sobre a amizade aquele véu chamado desejo físico, aquele demónio chamado ciúme, aquela grilheta chamada sentido de posse e aquele fantasma chamado medo. Nunca temos medo de perder os nossos amigos porque sabemos que eles estão lá para sempre e que só a morte os poderá levar. A linha ténue entre o amor e amizade pode ser uma dádiva, se for gerida com prudência, a sábia mãe de todas as virtudes."

http://sol.sapo.pt/blogs/margaridarebelopinto/default.aspx

OPTIMUS ALIVE 2009 - ESTIVEMOS LÁ TODOS?!!

Grande banda a encerrar!!! Os Dave Mathews Band estavam imparáveis!

sábado, 11 de julho de 2009

ESTOU DE VOLTA

Depois de oito dias em S.Tome, eis-me de volta a casa e completamente absorvida pelas obras de remodelação que decidi fazer-lhe!!!
Ainda não pude descansar e já corro para a loja das tintas e arregaço as mangas para tirar cortinas, quadros e espelhos, esvaziar armários e limpar a fundo tudo quanto acumulei em 9 anos! Doidice, mas apeteceu-me renovar, dar outra cara ao meu refúgio. Vamos ver como corre...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

sábado, 4 de julho de 2009

PARA FAZER INVEJA


Imaginem-se numa ilha, sentados na porta de um bungalow, ouvindo grilos e mar. Imaginem que acabaram de sair de um duche após um mergulho nocturno num mar de água quente. Imaginem que são 22.22h, está escuro como breu e apenas ouvem os grilos e as ondas do mar.!!! Paraíso?
Agora morram de inveja porque é o que acabei de vivenciar…



quinta-feira, 2 de julho de 2009

ÀS VEZES SOU EU QUEM SE VAI EMBORA... MAS O SENTIMENTO É O MESMO!

"Foste-te embora e não me ensinaste a viver sem ti. Não me deixaste manual de instruções, nem nenhum tutorial em português do brasil. Nada que me dissesse para onde me virar nem o que fazer a seguir, agora que apenas uns laivos fugazes da tua sombra fátua me enfeitam os pés de grifo da mobília de época. Um folheto explicativo, ao menos; uma tradução manhosa do original em chinês, com o género trocado e palavras inventadas, corruptelas ou derivadas. Nem um recado, sequer, na porta do frigorífico, faz assim ou faz assado, ou um post it na secretária, no ecrã do computador, que sumariamente me explicasse os modos de encher os espaços vazios com esta sumaúma triste. Não me deste perspectivas de regresso nem qualquer tipo de garantia, experimente e em quinze venha cá carimbar; não me mostraste as precauções a tomar ou a profilaxia a fazer nem, muito menos, os perigos que corro com a sobredosagem da tua ausência na minha corrente sanguínea. Foste-te embora e eu. Às voltas com as dificuldades de montagem da tua falta nos meus ocos recantos, sem saber como me encaixar no vácuo que provocaste. Eu, solta e desconjuntada, mil peças de pinho sueco espalhadas pelo chão da sala."

http://umamoratrevido.blogspot.com/