segunda-feira, 30 de novembro de 2009

TU COMPREENDES SEMPRE O QUE TE ESTOU A TENTAR DIZER PARA ALÈM DO QUE TE DIGO!

"Uma das melhores coisas da vida é que ela muda. Nem sempre muda quando queremos ou como desejamos, mas muda. E no meu caso, porque sou uma pessoa abençoada, muda para melhor. Pelo menos acredito que assim é. E o mais importante näo é aquilo que vivemos, mas aquilo em que acreditamos."

Margarida Rebelo Pinto in "O dia em que te esqueci"

sábado, 28 de novembro de 2009

LOVERS NEVER LOSE

"Gosto dos instantes em que sentimos que nos podemos apaixonar (...)
A sensação de familiaridade instantânea é um dos primeiros passos para a verdadeira intimidade, embora quase nunca se chegue tão longe. Isto porque entre os instantes mágicos que fazem de um serão de conversa uma noite perfeita, e o que se pode, ou não, construir a seguir, vai uma distância sempre impossível de prever. A construção de um caso que pode vir a tornar-se uma história de amor tem muito de alquímico e pouco de entendível: ou há clic, ou não há, ou no dia seguinte nós acordamos e sentimos ‘é isto que eu quero’, ou então ficamos sem saber o que pensar até que a vida se encarrega de arrumar as peças do puzzle e pôr tudo no seu devido lugar. Ainda assim, o tal clic também nos pode enganar: às vezes desejamos tanto apaixonar-nos que o nosso subconsciente força esse clic; outras vezes temos tanto medo de nos entregarmos, que tapamos os ouvidos para não o escutar. O que há mais para aí são corações partidos, com lesões invisíveis que nenhum cirurgião cardio-toráxico pode curar. Só o tempo e grandes doses de amor continuadas conseguem apagar as lesões mais profundas.
Depois do clic, ou do desclic, o melhor é guardar para sempre esses momentos únicos e relembrá-los sempre que isso nos traz alegria, ou arrumá-los numa gaveta ordeira da memória se nos perturbam. Em tempos chamei-lhe guardar a doçura, mas depois enjoei-me do substantivo para sempre, e do adjectivo então é melhor nem falar – sempre que alguém me diz que sou uma pessoa muito doce, dá-me logo vontade de pegar numa G3 e de me transformar num mercenário em causa própria. Por isso, agora uso apenas o verbo guardar, de mãos dadas com o verbo ganhar, porque acredito que tudo o que se vive em paz e de coração aberto é sempre uma mais-valia, mesmo que o desfecho não seja aquele com que sonhámos.(...)
«Uma das melhores coisas da vida é que ela muda. Nem sempre muda quando queremos ou desejamos, mas muda». Há muito que aprendi a aceitar que a realidade é evolutiva; o que é verdade hoje pode não o ser amanhã. Assim, há clics que anunciam um amor homérico, o qual mais tarde se transforma em pó, cinzas e nadas, e outros, mais tímidos, que se vão repetindo até se transformarem numa grande história de amor.
Gosto de acreditar que entre projecções, sonhos e desejos, entre clics enganadores e desclics trapalhões, há os abençoados, os que duram para sempre..."
MRP in SOL


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

NÃO FAZ SENTIDO ABRIR A MINHA CAIXA DE PANDORA

Tenho outro blogue. Um blogue mais pessoal onde escrevo o que sinto, exactamente como sinto no momento em que estou a escrever. Outro dia numa amena cavaqueira prometi ir ver o que havia escrito a respeito de uma situação concreta.
Como gosto de cumprir as minhas promessas, logo que tive oportunidade fui reler o que escrevi nos primeiros meses deste ano. Está tudo escrito: o que senti, o que pensei, o que me surpreendeu, o que me desiludiu profundamente.

A verdade é que foi uma fase (que já passou) e não me apetece sequer reler. Ficou registada a história para memória futura, mas - para já - não me apetece partilhar (nem tão pouco relembrar) o que me ia na alma.
PODIA RESUMIR-ME ASSIM:

Já escondi um amor com medo de perdê-lo...
Já perdi um amor por escondê-lo...
Já segurei nas mãos de alguém por estar com medo...
Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir as minhas mãos...
Já expulsei da minha vida pessoas que amava...
Já me arrependi por isso...
Já passei noites chorando, até o sono pegar...
Já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...

Já acreditei em amores perfeitos...
Já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram...
Já decepcionei pessoas que me amaram...

Já passei horas à frente do espelho,
tentando descobrir quem sou...
Já tive tanta certeza de mim,
ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi depois...
Já falei a verdade e também me arrependi...
Já fingi não dar importância a pessoas que amava,
para mais tarde chorar quieta no meu canto...
Já sorri, chorando lágrimas de tristeza...
Já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena...
Já deixei de acreditar nas que realmente valiam...
Já senti muita falta de alguém...
mas nunca lhe disse...


Já gritei quando devia calar...
Já calei quando deveria gritar...
Muitas vezes deixei de falar o que penso,
para agradar uns...
Outras vezes falei o que não pensava,
para magoar outros...
Já fingi ser o que não sou para agradar uns...
Já fingi ser o que não sou para desagradar outros...
Já contei piadas e mais piadas sem graça,
apenas para ver um amigo mais feliz...
Já inventei histórias de final feliz,
para dar esperança a quem precisava...

Já caí inúmeras vezes,
achando que não me iria reerguer...
Já me reergui inúmeras vezes,
achando que não cairia mais...

Já liguei para quem não queria,
apenas para não ligar para quem realmente queria...
Já chamei pessoas próximas de "amigo",
e descobri que não eram...
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada...
E sempre foram e serão especiais para mim...

Não me dêem fórmulas certas,
porque eu não espero acertar sempre...
Não me convidem a ser igual...
porque sinceramente sou diferente!!!


Não sei amar pela metade...
Não sei viver de mentiras...
Não sei voar com os pés no chão...
Sou sempre eu mesma...
Mas com certeza,
não serei a mesma para sempre!

Gosto dos venenos mais lentos,
das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas,
das ideias mais insanas,
dos pensamentos mais complexos,
dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco
que eu vou dizer: E daí? EU ADORO VOAR!

AVISO DE NATAL!!!




"Aquilo que você der a uma mulher, ela vai tornar maior. Se você der o seu esperma, ela te dará um bebé. Se você lhe der uma casa, ela vai dar-lhe um lar. Se você lhe der compras de mercearia, ela vai dar-lhe uma refeição. Se você lhe der um sorriso, ela vai dar-lhe o seu coração. Ela multiplica e amplia o que lhe é dado. Portanto, se você lhe der qualquer porcaria, esteja preparado para receber uma tonelada de LIXO. "

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

NAO é QUE EU NAO QUEIRA...


Não tenho é tempo...

Há sempre coisas para dizer, pensamentos a partilhar! O problema é que ando praticamente "esgotada" pelas responsabilidades e o que sobra da energia é para as pessoas especiais que me aturam!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Who knew? :(



You took my hand, you showed me how
You promised me you'd be around
Uh huh, that's right

I took your words and I believed
In everything you said to me
Yeah huh, that's right

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Palavras de outros


"Queria escrever qualquer coisa, mas só me sai que te adoro. Queria opinar sobre a economia e os sintomas de retoma, o perfil dos novos ministros e a impunidade judicial, mas só me sai que te adoro. Discorrer sobre a inconstância do tempo, sobre o estio que rasgou o Outono, as últimas alterações à lei, o banqueiro constituído arguido, a mediocridade nacional, a decadência do ensino, a propagação da Gripe A, mas só me sai que te adoro. Queria descrever com precisão as saudades que tenho da terra, de palmilhar a lezíria e de sentir ao longe o rumor dos animais. Queria à falta de melhor falar sobre as últimas do desporto, das hipóteses rasas da selecção, da nova série da fox e da pinderiquice dos ídolos; e alertar os incautos para os desencontros que desaguam em silêncios e que cortam vidas ao meio, mas só me sai que te adoro. Queria fazer piadas, armar-me em esperta, soltar citações a propósito e observações espirituosas, suscitar sorrisos cúmplices e respostas aduladoras; e dizer-te que afinal te detesto, que pensando bem te desprezo, que nunca foste nem serás; concluir, enfim, sobre a impossibilidade de sermos um só. Mas só me sai que te adoro."

http://umamoratrevido.blogspot.com/

Você diz que é um sapo e eu juro que é um cavalo!


Respeitar a opinião dos outros é olhar para a mesma verdade e saber que esta poderá ser vista de forma bem diferente por cada um.

E assim, com toda certeza, deixar de cometer injustiça com as precipitações.

O charme do desenho e sua lição enigmática consiste no facto de que, "na história nada muda e mesmo assim, tudo é completamente diferente".

(Aldous Huxley)

domingo, 15 de novembro de 2009

The more I tell, the less you know.

"This was a story about a girl who could find infinite beauty in anything, any little thing, and even love the person she was trapped with. And i told myself this story until it became true. Now, did doing this help me escape a wasted life? Or did it blind me so I didn't want to escape it? I don't know, but either way I was the one telling my own story..."

Penelope Stamp, The Brothers Bloom

AGRADECENDO O FIM DE SEMANA... LOL

Coisas que a VIDA nos vai ensinando...


"A história do príncipe encantado é um veneno que nos põem na sopa quando nós somos pequenas; depois ficamos sempre à espera que ele apareça. E às vezes o príncipe encantado não é o mais alto nem o mais bonito - é o que tem o feitio que se dá melhor connosco e que às vezes nem corresponde aos estereótipos que tínhamos criado"

"Quando o coração está magoado por causa de um desgosto de amor, não vale a pena fazer fugas para a frente e tentar substituir um amor mal resolvido por um amor bem resolvido. Isso não existe. O erro crasso que sistematicamente as pessoas fazem é fechar as portas de uma história mal resolvida e embarcar na primeira situação agradável que aparece, para colmatar as carências da situação anterior, o que geralmente corre mal."

Nas "quedas" de AMOR (...) "Tem de se ter um certo instinto felino e cair como os gatos. E já agora convém ter sete vidas"


Margarida Rebelo Pinto in Tabu

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A PROPÓSITO...


Migalhas - Simone

Vanessa | Vídeo do MySpace


"Sinto muito mas não vou medir palavras
Não se assuste com as verdades que eu disser
Quem não percebeu a dor do meu silêncio
Não conhece o coração de uma mulher
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor
Quem começa um caminho pelo fim
Perde a glória do aplauso na chegada
Como pode alguém querer cuidar de mim
Se de afecto esse alguém não entende nada
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor
Não foi esse o mundo que você me prometeu
Que mundo tão sem graça
Mais confuso do que o meu
Não adianta nem tentar
Maquiar antigas falhas
Se todo o amor que você tem pra me oferecer são migalhas
Migalhas
Eu não quero mais ser da sua vida
(…)"

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ao adiar este projecto, saiu-me um peso de cima...

mas ganhei tempo para tornar aos pensamentos tolos....




"Buscar realizar um determinado destino mesmo que internamente tudo desaconselhe, é caminhar ao encontro de severas provações futuras"

domingo, 8 de novembro de 2009

FELIZMENTE

"Gosto de coisas simples
E de gente complicada,

Que pensa, que sofre,

Que luta, que fala!

Que não desiste de ser feliz,

Mesmo que ser infeliz,

Seja mais fácil!

Gosto de andar descalça
Mas gosto de gente calçada,
Educada, inteligente.

Gente boa, exigente.
Gente sã, gente que é gente,
Felizmente!"


Helena Sacadura Cabral
http://duas-ou-tres-coisas-que-eu-ja-sei.blogspot.com/

sábado, 7 de novembro de 2009

Tocar a eternidade

"(...)ACREDITO que o futuro nunca está escrito. Acredito que o que é verdade hoje pode ser mentira amanhã. Acredito que quando iniciamos uma viagem nunca sabemos onde chegaremos nem como vai acabar. Que o que vivemos hoje, aqui e agora, é que conta, e que o que recusamos viver em nome de um futuro incerto que desconhecemos nos vai trazer mais arrependimento do que se o vivermos. Não acredito em promessas para a vida, em relações perfeitas, no mito dos contos de fadas que apregoa a máxima ‘felizes para sempre’. Prefiro pensar que serei feliz enquanto conseguir amar incondicionalmente, (...)enquanto sonhar que posso (...) ser mãe, enquanto os abraços dos que amo nunca terminarem.

Tocar a eternidade é tocar os momentos perfeitos que vivemos, agarrá-los com ganas e vivê-los sem medo e com liberdade, sem pensar no depois, sem equacionar se estamos certos ou errados, se o que sentimos é verdade ou mentira."


http://sol.sapo.pt/Blogs/margaridarebelopinto/default.aspx

GRANDE FRASE!


"Uma certidão de casamento não funciona como uma garantia bancária; se as coisas correrem mal, não temos onde ir recuperar todo o investimento perdido."

http://sol.sapo.pt/Blogs/margaridarebelopinto/default.aspx

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"É Outono. E nada daquilo que imaginei um dia aconteceu entretanto. As noites continuam enormes e os dias, imperfeitos como um poema inacabado..."


"Não se pode dizer que tenhas estado sempre perto, à mão de semear, ao virar da esquina, mas finalmente encontrei-te. Não que te procurasse: foste-me tão natural como o vizinho da porta ao lado quando se cruza comigo no corredor e pigarreia, medindo-me a barriga das pernas, trémulas de subir as escadas. Atravessámo-nos um no outro com a inevitabilidade de dois troncos à deriva e represámo-nos alegremente: o entulho ficou para trás. Não me salvaste a vida, que até estava bem obrigada, mas tens essa distinta qualidade de me saberes, o que te cai na perfeição, como uma camisa de marca ou um casaco novo. Não romanceamos o presente porque nós somos o presente: partilhamos uma cama, um cigarro, um futuro e temos o pragmatismo das causas ganhas, o que, parecendo que não, alivia. Somos velhos amigos, companheiros de guerra e brincamos muito, porque temos alguma pressa: enquanto equilibramos orgasmos na ponta do nariz, fazemos a toca e construímos o ninho. Mas o mal de tanta beleza junta é que nunca nos habituamos à ausência, esse buraco no peito, de rebordos cauterizados, onde cabe um punho fechado. E, agora, o teu cheiro agarrou-se às minhas coisas como uma película fina de pó e eu não quero a empregada cá em casa, não vá ela, sei lá, sempre tão pressurosa. A melhor maneira de afastar o diabo é ir brincando à felicidade dentro destas quatro paredes, quem está livre livre está. É um facto que tudo era bem mais fácil quando apenas te adivinhava; hoje, mal reconheço os cantos à casa e, quando partires, tenho a certeza de que mudarei de côr como um polvo acossado. Folgo em saber, no entanto, que não nos somos fundamentais: afinal, toda a gente vive sem um braço, só é chato para os trocos."

in http://umamoratrevido.blogspot.com/

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

QUEM DERA, NÃO É?

"Quem dera, fosse tão fácil, despir-me de ti como deste vestido, quando a areia da praia me namorisca os pés; substituir o teu dedilhar virtuoso pelo escorrer do bálsamo protector e pelas estradas de sal seco que se me desenham nas omoplatas, depois de sair da água. Quem dera, desligar-te, como ao telemóvel; retirar-te a bateria para que te não estragues, te gastes em vão, atirar-te para os fundos de uma gaveta qualquer, inábil, inútil, silente. Quem dera, fosse tão fácil, trancar-te as portas como as da casa, três voltas à chave, deixar-te às escuras, de gelosias corridas e vidros abertos; quem dera, seres tu, a imperceptível aragem à qual viro costas quando saio e não volto; seres as contas acertadas, a luz desligada, o carro na garagem, a mercearia fechada e a rua vazia. Quem dera, poder descartar-te, entregar-te à vizinha para que de ti tome conta, te dê de comer; deixar-te em dia, como ao trabalho atrasado, arrumar-te numa resma ao canto da mesa com a caneta por cima, perfeitamente alinhada com os lados das folhas, à espera do pó dos dias dos outros. Fechar-te para obras, guardar-te na parte de cima e esquecer-te, como camisolas de Inverno, e não te usar porque me arranhas a pele, me apertas o pescoço, me fazes suar. Quem dera. Mas não. Carrego-te comigo, como bagagem em excesso na volta de uma viagem, três ou quatro souvenirs imprestáveis, very tipical made in china, uma dúzia de postais ilustrados sem selo, uma máquina fotográfica avariada à chegada."

in http://umamoratrevido.blogspot.com/2007_07_01_archive.html

NEM DE PROPÓSITO... (este poema veio ao meu encontro)

"Nós!

É uma dor fina, discreta,
Uma lágrima fugidia,
Uma ânsia inexplicável,
Esta que sinto cá dentro.
Falta de ti, falta de mim,
Falta de nós,
Esquecidos um do outro,
E do tempo em que nos tínhamos.
Esse tempo que não volta,
Essa intimidade perdida,
Repartida por outros,
Que são um, ou mais,
Mas que nunca serão nós!"

Helena Sacadura Cabral
http://duas-ou-tres-coisas-que-eu-ja-sei.blogspot.com/