terça-feira, 4 de outubro de 2011

ah, os amigos...

Tenho amigos que não sabem o bem que lhes quero. Tenho amigos de quem sinto a falta todos os dias. Tenho amigos que me dão conforto e outros que me confrontam (e por isso estimulam). Tenho amigos que mesmo longe, sinto perto...



E depois tenho conhecidos. Esse bando de aproveitadores que se lembram de mim quando têm dúvidas legais e outras que tais. Tenho vindo a aprender a conviver com eles. Já não me perturbam. Limito-me a ignorar e seguir em frente.


sábado, 1 de outubro de 2011

Balanço de trinta dias de ausência

Viajar agrada-me muito.
Trabalhar no estrangeiro é um desafio.
Estar fora de casa? Bem, isso é mais complicado...

Faz um mês que saí de casa para trabalhar noutro continente por 37 dias. Nada como aproveitar para fazer um balanço desta experiência.
Estou habituada a deslocar-me ao estrangeiro para curtas estadias mas confesso que a ideia de estar 5 semanas seguidas fora me causou algum desconforto. Sou uma pessoa de afectos e custa-me deixar os meus por tanto tempo. Depois das semanas anteriores com alguma angústia, vivi os dias prévios ao embarque com algum entusiasmo pela descoberta de novas realidades, culturas e métodos de trabalho.
Agora olho para trás e - tenho de confessar - passou mais rápido do que eu contava. Estar sempre ocupada ajudou a "calar" as saudades. Fiz o trabalho a que me propus (bem, ainda tenho uma semana para terminar alguns pendentes), recordei antigos colegas, ri muito e descobri que tenho capacidades para além das que habitualmente utilizo. Consciencializei-me que preciso de fazer exercício para andar bem disposta, que não importa onde estamos mas com quem estamos e que as tecnologias existem para ser utilizadas. Fiquei com a certeza que preciso de actividades culturais e que não é fácil manter-me actualizada e uma cidadã do mundo à distância. Em especial, constatei - mais uma vez - que a cultura do ter e da aparência não me diz nada (mas tenho de aprender a viver com ela).
Contudo - e isso sim é relevante - percebi que os meus afectos são o mais importante e que esses vão comigo onde for, mas cabe-me a mim mantê-los vivos e saudáveis e, para isso, tenho de estar mais presente.

Não quero olhar para trás e perceber que não estive onde devia nem com quem queria. Gosto do meu trabalho - e preciso de trabalhar - mas o êxito da minha vida não se mede pelos (eventuais) sucessos profissionais. O trabalho é um meio para alcançar um fim e apenas nessa medida vale sacrifícios pessoais. Talvez 5 semanas seguidas seja demasiado (ou não, se for uma vez por ano)...
Com equilíbrio tudo se consegue (espero), contudo agora já só penso em voltar para casa e permanecer por lá muito tempo!