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Foi um fim de semana complicado. Gerir as emoções familiares perante um óbito não é pêra-doce! Há medida que os anos passam, em cada um vai ficando mais presente a consciência da própria finitude e o avolumado número de coisas que, durante o percurso, ficou - irremediavelmente - para trás. Entendo-os lindamente!
Bem, para dizer a verdade até eu (embora por razões diversas) me ressenti deste óbito. Como o meu tio-avô não teve filhos (embora a mulher e duas irmãs ainda estejam vivos) dei por mim a pensar como pode ser triste e solitária a velhice e, fundamentalmente, como é essencial sabermos escolher o "beringelo"que queremos ao nosso lado "até que a morte nos separe", bem como a rede de laços afectivos que nos envolve - nunca se sabe o que nos espera o futuro e quanto vamos precisar deles!
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Na verdade, as escolhas de hoje repercutem-se no amanhã e muitas vezes "amanhã" já é tarde demais para mudar ou recomeçar!
Fiquei a pensar nisto... (e também na crescente dificuldade em se encontrar seres verdadeiramente "humanos" e crentes nessa "religião alternativa" que é o
AFECTO)
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