Quando estava para entrar para a Universidade - naqueles meses de espera, provas gerais de acesso e exames específicos - fiz uma amiga que me acompanha sempre: a minha amiga "Úrsula"! Tenho fases em que ela parece andar mais sumida, mas a verdade é que acaba sempre por regressar.
A minha amiga "Úrsula" lembra-me que não vale a pena fingir que nada me preocupa...
Hoje, por exemplo, saí de casa bem disposta: pronta a enfrentar umas alegações de recurso que me andam a "moer a paciência", disposta a sorrir para o chefe e as suas idiossincrasias e convencida de que iria encarnar na perfeição o papel de filha pródiga durante o jantar. E estava a correr bem... Vesti-me de rosa (traz sempre boas energias), tratei da prenda do dia do pai, ataquei o trabalho, comprei dois livros (e um casaco fantástico), sorri a dois estranhos e...
A maldita "Úrsula" aparece do nada e quase me obriga a devolver o almoço à procedência! Agora estou aqui a tentar dialogar com ela, mas está difícil de fazê-la entender que as contrariedades fazem parte da vida, que o mundo está em crise, que os pais vão ficando velhos e que chefe é chefe (não é nosso amigo).
A verdade é que nada parece convencer a minha amiga "Úrsula" de que há alturas que a única coisa que se pode fazer é ESPERAR!!!
PS. Sim estou a falar de uma úlcera gástrica... mas somos "amigas" há tanto tempo que já a trato carinhosamente pelo nome próprio!
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