expectativa
s. f., esperança baseada em supostos direitos, probabilidades ou promessas;
esperança;
probabilidade;
expectação.
A gestão de expectativas (minhas e dos outros) é, provavelmente, uma das áreas em que mais tenho falhado.
Falhei claramente as expectativas da família, no que respeita a "assentar". O meu ex-marido também viu goradas as suas expectativas de domar este meu espírito rebelde e, depois disso, outros padeceram do mesmo mal! A questão é que eu não tive qualquer intervenção na criação das referidas expectativas. Antes pelo contrário - por odiar que me frustem expectativas - sou cuidadosa e muito clara na definição do que podem esperar de mim (o problema é que às vezes parece que as pessoas não me querem ouvir e preferem criar expectativas irrealizáveis).
No que me diz respeito, aprendi cedo que a maioria das minhas expectativas era irrealizável. Comecei muito cedo a pedir que não me fizessem promessas (expressa ou tacitamente)...
Julgo que teria uns 4/5 anos quando, perto do Natal, entrei com a minha mãe numa loja que tinha móveis para as bonecas em Madeira (estou a falar do tempo em que a Barbie ainda não tinha chegado a Portugal, o melhor que aparecia era a Tuxa e sem qualquer acessório). Apaixonei-me de imediato por 1 roupeiro. Com grande alegria percebi que a minha mãe tentava (de forma discreta e sem que eu notasse) reservar o dito brinquedo. Claro que esperei pela noite de Natal na maior das excitações...
Infelizmente na noite de Natal, após desembrulhar todos os embrulhos, não encontrei o "meu" roupeiro e a minha tristeza foi gigantesca! Os meus pais sem perceberem o que se passava ficaram aflitos e eu lá acabei por confessar que tinha visto a minha mãe reservar o brinquedo e que esperava recebê-lo. Acontece que a tonta da empregada não havia avisado a colega e quando a minha mãe voltou o roupeiro já havia sido vendido. Parece que correram tudo para encontrar outro, mas naqueles tempos não abundavam os brinquedos (vinham às escondidas de Espanha, quando conseguíamos enganar a polícia na fronteira). Até hoje recordo o bendito roupeiro!
Está visto que, desde essa altura, luto para que não me criem expectativas que não possam garantir que vão cumprir! Prefiro muito mais a surpresa!
O problema é que o resto do mundo tem entendimento diferente. As pessoas tendem a agir, falar e prometer sem pensar se estão em condições de cumprir as expectativas que criam.
Frases/promessas (como as seguintes) são ditas sem que haja qualquer intenção de se cumprir:
- para a semana vamos ao cinema;
- logo telefono-te;
- qualquer dia jantamos
Comportamentos que indiciam ser sequenciais são inexplicavelmente interrompidos;
E tudo sem se importar com o que isso representa para os restantes... E ISSO CHATEIA-ME! CHATEIA-ME MUITíSSIMO!!!
s. f., esperança baseada em supostos direitos, probabilidades ou promessas;
esperança;
probabilidade;
expectação.
A gestão de expectativas (minhas e dos outros) é, provavelmente, uma das áreas em que mais tenho falhado.
Falhei claramente as expectativas da família, no que respeita a "assentar". O meu ex-marido também viu goradas as suas expectativas de domar este meu espírito rebelde e, depois disso, outros padeceram do mesmo mal! A questão é que eu não tive qualquer intervenção na criação das referidas expectativas. Antes pelo contrário - por odiar que me frustem expectativas - sou cuidadosa e muito clara na definição do que podem esperar de mim (o problema é que às vezes parece que as pessoas não me querem ouvir e preferem criar expectativas irrealizáveis).
No que me diz respeito, aprendi cedo que a maioria das minhas expectativas era irrealizável. Comecei muito cedo a pedir que não me fizessem promessas (expressa ou tacitamente)...
Julgo que teria uns 4/5 anos quando, perto do Natal, entrei com a minha mãe numa loja que tinha móveis para as bonecas em Madeira (estou a falar do tempo em que a Barbie ainda não tinha chegado a Portugal, o melhor que aparecia era a Tuxa e sem qualquer acessório). Apaixonei-me de imediato por 1 roupeiro. Com grande alegria percebi que a minha mãe tentava (de forma discreta e sem que eu notasse) reservar o dito brinquedo. Claro que esperei pela noite de Natal na maior das excitações...
Infelizmente na noite de Natal, após desembrulhar todos os embrulhos, não encontrei o "meu" roupeiro e a minha tristeza foi gigantesca! Os meus pais sem perceberem o que se passava ficaram aflitos e eu lá acabei por confessar que tinha visto a minha mãe reservar o brinquedo e que esperava recebê-lo. Acontece que a tonta da empregada não havia avisado a colega e quando a minha mãe voltou o roupeiro já havia sido vendido. Parece que correram tudo para encontrar outro, mas naqueles tempos não abundavam os brinquedos (vinham às escondidas de Espanha, quando conseguíamos enganar a polícia na fronteira). Até hoje recordo o bendito roupeiro!
Está visto que, desde essa altura, luto para que não me criem expectativas que não possam garantir que vão cumprir! Prefiro muito mais a surpresa!
O problema é que o resto do mundo tem entendimento diferente. As pessoas tendem a agir, falar e prometer sem pensar se estão em condições de cumprir as expectativas que criam.
Frases/promessas (como as seguintes) são ditas sem que haja qualquer intenção de se cumprir:
- para a semana vamos ao cinema;
- logo telefono-te;
- qualquer dia jantamos
Comportamentos que indiciam ser sequenciais são inexplicavelmente interrompidos;
E tudo sem se importar com o que isso representa para os restantes... E ISSO CHATEIA-ME! CHATEIA-ME MUITíSSIMO!!!
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