"A pergunta parece obscena, contudo é um convite. Um convite arrojado feito somente pelo nome de uma peça em cena no Casino Estoril.
“Queres fazer amor comigo?” desenrola-se sob a forma de uma conversa privada entre mulheres, exposta em tom alto para quem a queira tornar pública. Treze mulheres expõem no palco uma conversa sobre o significado de “fazer amor”. Relações sexuais significa fazer amor ou fazer sexo? O que é para cada mulher fazer amor? O que dizem os homens em pleno orgasmo? Estas mulheres confessam o inconfessável, confirmam os pensamentos de qualquer mulher e encenam todas as interpretações que se possa ter da acção “fazer amor”. Deixo-vos alguns exemplos.
Teresa, uma das mulheres, é viciada no prazer que a comida lhe proporciona e acha que só os alimentos são capazes de provocar espasmos. Elsa, por seu lado, perdeu a voz de cantora para dar voz ao amor, pois afirma que “fazer amor é a entrega mais profunda, é a fusão completa com o ser amado, que o amor justifica e eleva ao patamar do sagrado”. Helena é uma mulher que gosta de caçar homens e, para ela, fazer amor não passa de uma grande noite de sexo e chega a afirmar que gosta de transformar os que passam por ela através do sexo. Filomena acha que sofre de uma doença neurológica e detesta que sejam simpáticos com ela. Contudo, acha que esse medo é normal. Será? Marta é a mulher rendida aos jogos de poder, é a mulher que gosta de ter “um homem agarrado pelos tomates, sentir que tem na mão o orgulho, aquilo que eles consideram ser a fonte da sua masculinidade”. Já Patrícia é uma desportista nata, cansada de “piropos machistas” e, por isso, homossexual. Além disso, é apaixonada pelo mundo italiano, mais precisamente pelo poder de uma boa língua italiana. Umbelina representa a típica mulher doméstica que, depois de 15 anos de casamento, dá por si a viver uma noite diferente, uma noite quente de amor, em que o marido lhe pede para que lhe chame nomes e lhe bata. Chega a confessar o que decorreu ao longo dessa mesma noite – “Ah…o que ele gritou, mas gritou mesmo! E eu que sou contra a violência doméstica! E os nomes que lhe chamei… Até acho que inventei alguns”. Soraya é uma prostituta, é uma mulher que ama somente “a merda”.E ainda temos a avozinha que mostra às mais jovens que se pode fazer amor até morrer. E Felícia, por fim, é a mulher que vive verdadeiramente o amor no seu sentido mais lato, é a mulher que gosta de fazer amor e não sexo, é a mulher que sente amada como nunca se havia sentido antes. As treze mulheres apresentam diferentes experiências de vida, mas contagiam de igual forma o público, visto exporem o que de mais privado existe numa conversa entre mulheres e por constantemente apelarem às fantasias e aos desejos de cada pessoa."
Ir ver esta peça foi a minha forma de prestar homenagem ao Teatro e permitiu-me passar o serão a sorrir e até dar uma ou outra gargalhada (aconteceu-me às vezes acabar a rir de mim mesma).
“Queres fazer amor comigo?” desenrola-se sob a forma de uma conversa privada entre mulheres, exposta em tom alto para quem a queira tornar pública. Treze mulheres expõem no palco uma conversa sobre o significado de “fazer amor”. Relações sexuais significa fazer amor ou fazer sexo? O que é para cada mulher fazer amor? O que dizem os homens em pleno orgasmo? Estas mulheres confessam o inconfessável, confirmam os pensamentos de qualquer mulher e encenam todas as interpretações que se possa ter da acção “fazer amor”. Deixo-vos alguns exemplos.
Teresa, uma das mulheres, é viciada no prazer que a comida lhe proporciona e acha que só os alimentos são capazes de provocar espasmos. Elsa, por seu lado, perdeu a voz de cantora para dar voz ao amor, pois afirma que “fazer amor é a entrega mais profunda, é a fusão completa com o ser amado, que o amor justifica e eleva ao patamar do sagrado”. Helena é uma mulher que gosta de caçar homens e, para ela, fazer amor não passa de uma grande noite de sexo e chega a afirmar que gosta de transformar os que passam por ela através do sexo. Filomena acha que sofre de uma doença neurológica e detesta que sejam simpáticos com ela. Contudo, acha que esse medo é normal. Será? Marta é a mulher rendida aos jogos de poder, é a mulher que gosta de ter “um homem agarrado pelos tomates, sentir que tem na mão o orgulho, aquilo que eles consideram ser a fonte da sua masculinidade”. Já Patrícia é uma desportista nata, cansada de “piropos machistas” e, por isso, homossexual. Além disso, é apaixonada pelo mundo italiano, mais precisamente pelo poder de uma boa língua italiana. Umbelina representa a típica mulher doméstica que, depois de 15 anos de casamento, dá por si a viver uma noite diferente, uma noite quente de amor, em que o marido lhe pede para que lhe chame nomes e lhe bata. Chega a confessar o que decorreu ao longo dessa mesma noite – “Ah…o que ele gritou, mas gritou mesmo! E eu que sou contra a violência doméstica! E os nomes que lhe chamei… Até acho que inventei alguns”. Soraya é uma prostituta, é uma mulher que ama somente “a merda”.E ainda temos a avozinha que mostra às mais jovens que se pode fazer amor até morrer. E Felícia, por fim, é a mulher que vive verdadeiramente o amor no seu sentido mais lato, é a mulher que gosta de fazer amor e não sexo, é a mulher que sente amada como nunca se havia sentido antes. As treze mulheres apresentam diferentes experiências de vida, mas contagiam de igual forma o público, visto exporem o que de mais privado existe numa conversa entre mulheres e por constantemente apelarem às fantasias e aos desejos de cada pessoa."
Ir ver esta peça foi a minha forma de prestar homenagem ao Teatro e permitiu-me passar o serão a sorrir e até dar uma ou outra gargalhada (aconteceu-me às vezes acabar a rir de mim mesma).
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