sábado, 29 de agosto de 2009

AS MINHAS RELAÇÕES COM O MUNDO MASCULINO

Tenho tido a felicidade de conhecer muitas pessoas especiais, a maioria das quais - pasme-se - homens. Desde pequena que me lembro de ter um "melhor amigo" em vez da "melhor amiga" que manda a tradição. Com os meus amigos homens aprendi a tratar as coisas pelos nomes, ser objectiva, ver futebol e rir das piadas secas. Foi também pela mão dos meus amigos homens que me comecei a interessar por política, música alternativa ou filosofia. Até gosto pelo ginásio e a necessidade de fazer desporto para aliviar o stress são fruto de desafios que os meus amigos-homens constantemente me faziam!
Gosto de estar rodeada de homens, dos temas de conversa, das graças e, claro, de me sentir uma princesa no reino masculino (tratada com carinho, educação e respeito).
Mantenho amizades muito bonitas com Homens.
Posso dividir as minhas relações com o mundo masculino (e não falo agora de relações amorosas) em dois grandes grupos.
No primeiro grupo, estão aqueles que, apesar de terem as suas famílias e/ou namoradas e muitos compromissos profissionais, têm tempo para fazer-me rir, levar-me a almoçar a sítios bonitos, conversar via e-mail ou telemóvel, levar-me ao futebol, acompanhar-me a espectáculos ou, simplesmente, dialogar durante horas num qualquer local descontraído. Nem eles imaginam o bem que me fazem, a energia positiva que me vem destes "mimos" e, em especial, o quão agradecida sou do muito que com eles aprendo.
Depois há os outros...
São do tipo que só liga quando precisam de algum conselho jurídico-social (ou simplesmente se sentem sozinhos), raramente são capazes de mostrar-se preocupados comigo ou, sequer, ser gentis ou fazer um elogio (são mais daquele tipo irritante que passa o tempo a desdenhar). Não me fazem nunca companhia (nem me desafiam para coisa nenhuma) mas amuam se não posso (ou não tenho como) responder no exacto momento em que eles querem.

Escrito isto, sou obrigada a encarar a realidade: os meus amigos-homens estão todos no primeiro grupo, os restantes são meros conhecidos com quem me vou cruzando e que, às vezes, me ajudam a esconder-me da solidão (assim como ele me usam para se esconder da deles).
Às vezes custa-me aceitar esta realidade, mas com o tempo lá vou assimilando e aprendendo a dar-me exactamente na justa medida que eles merecem (guardando o meu melhor para quem me trata bem). É que eu dedico-me realmente às pessoas (e isso desgasta) e nem sempre vale a pena...

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