A tua pequena dor
Quase nem se quer te dói
É só um ligeiro ardor
Que não mata
Mas que mói.
É uma dor pequenina
Quase como se não fosse
E como uma tangerina
Tem um sumo agridoce.
De onde vem essa dor
Se a causa não se vê
Se não é por desamor
Então e uma dor de quê?
Não exponhas essa dor
É preciosa e só tua
Não a mostres, tem pudor
E um lado oculto da lua.
Não é vício nem queixume
Deve ser inquietação,
Não há nada que a arrume
Dentro do teu coração.
Talvez seja a dor de ser
Só a sente quem a tem
Ou será a dor de medo
A dor de ir mais além.
Certo é ser a dor de quem
Não se dá por satisfeito
Não a mates guarda bem
Guardada no fundo do peito.
Sem comentários:
Enviar um comentário