" (...) Os meus amigos sabem tudo (...) sobre mim. Mais, sabem que ando sempre a correr atrás de alguma coisa e que, por isso, pode passar muito tempo entre os nossos encontros. Também eles andam a correr atrás de alguma coisa. Havemos de marcar um almoço, havemos de marcar um café, repetimos a acreditar que vai ser assim. Sentimos falta, mas habituámo-nos a ela. Quando, finalmente, estamos no mesmo lugar, somos desconhecidos para os filhos uns dos outros que, entretanto, cresceram bastante. Então, temos muito para contar, actualizações antigas que nos mostram o verdadeiro tamanho do tempo que passou. Mas o à-vontade mantém-se intacto. Porque os meus amigos não são aqueles para quem fui tudo até ao momento em que passei a ser nada, não são aqueles que me abandonaram quando deixei de lhes ser útil, os meus amigos não são aqueles com quem partilhei segredos e que, anos mais tarde, quando nos cruzamos por acaso, nem sei se hei-de cumprimentá-los." in
José Luís Peixoto (negrito meu)
SOU UM ESPÍRITO LIVRE... "(escrevo) Para pensar. Para compreender. Acontece que eu sou assim. Preciso de registar as coisas para sentir que as compreendo plenamente."
segunda-feira, 28 de abril de 2014
" (...) Os meus amigos sabem tudo (...) sobre mim. Mais, sabem que ando sempre a correr atrás de alguma coisa e que, por isso, pode passar muito tempo entre os nossos encontros. Também eles andam a correr atrás de alguma coisa. Havemos de marcar um almoço, havemos de marcar um café, repetimos a acreditar que vai ser assim. Sentimos falta, mas habituámo-nos a ela. Quando, finalmente, estamos no mesmo lugar, somos desconhecidos para os filhos uns dos outros que, entretanto, cresceram bastante. Então, temos muito para contar, actualizações antigas que nos mostram o verdadeiro tamanho do tempo que passou. Mas o à-vontade mantém-se intacto. Porque os meus amigos não são aqueles para quem fui tudo até ao momento em que passei a ser nada, não são aqueles que me abandonaram quando deixei de lhes ser útil, os meus amigos não são aqueles com quem partilhei segredos e que, anos mais tarde, quando nos cruzamos por acaso, nem sei se hei-de cumprimentá-los." in
José Luís Peixoto (negrito meu)
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