quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

De que falamos quando falamos de amizade?

"Ter amizade é uma coisa muito nobre, muito grande. Mas a amizade deve levar a ter actuações leais na vida, porque o amigo não pode ser um cúmplice. É-se cúmplice para cometer delitos, coisas vergonhosas. A amizade é para realizar, com outros, coisas boas boas a favor de outras pessoas. Se não, não é verdadeira amizade." (Josemaría Escrivá)

Sou muito zelosa das minhas amizades. Quando gosto das pessoas, gosto mesmo!
Os meus amigos são pessoas de quem gosto de forma profunda, com quem me preocupo e que desejo ver felizes. Talvez se deva ao facto de ser filha única que vejo os meus amigos como os “irmãos” que eu escolho. Obviamente que levo muito tempo a considerar alguém como um amigo e nem sempre faço as escolhas mais acertadas.

Afinal, como disse, E. Cunningham “Amigos são aquelas pessoas raras que nos perguntam como estamos e depois ficam à espera da resposta.”

Às vezes acontece-me conhecer pessoas que – parecem – especiais, e, portanto, permito que entrem na minha vida e me acompanhem no meu percurso (e vice-versa, claro). Algumas permanecem anos a fio (os meus amigos), outras ficam pelo caminho... A estas últimas não posso chamar amigos, pois “a amizade que acaba nunca principiou”(Publius Syrus), mas não é por isso que deixam de ser importantes.

Afinal como disse alguém: “Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.”

Desde que aceitei esta realidade deixei de me sentir tão triste quando alguém sai da minha vida. Tento não empurrar para fora e manter uma porta aberta, mas quando alguém decide uma e outra vez sair, o melhor que tenho a fazer é deixá-la ir. Provavelmente isso significa que cumprimos os nossos destinos na vida um do outro (estivemos junto por uma Razão ou por uma Estação).

De qualquer forma, privilegio os relacionamentos para a vida inteira, mas esses implicam que ambos estejamos aptos a ouvir coisas que não gostamos, apostados na disponibilidade, sinceridade, honestidade e tenhamos capacidade de partilhar lições para a vida inteira (apostados numa formação emocional sólida) e nem toda a gente possui talento para tal. Afinal, o amor é cego, mas a amizade é clarividente e isso explica tudo!



P.S. “Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Às vezes, essas pessoas morrem. Às vezes, eles simplesmente se vão. Às vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.
Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".
Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida." (autor desconhecido)

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