"Deus nos pede do tempo estreita conta
É preciso dar conta a Deus do Tempo!?
Mas como dar, do Tempo, tanta conta,
Se se perde sem conta tanto tempo?!
Para fazer a tempo a minha conta,
Dado me foi por conta, muito tempo,
Mas não cuidei no tempo e foi-se a conta ...
Eis-me agora sem conta ... eis-me sem tempo ...!
Ó vós, que tendes tempo e tendes conta,
Não o gasteis, por nunca, em passatempo,
Cuidai enquanto é tempo, o terdes conta
Ah! Se quem está em conta de seu tempo
Tivesse feito a tempo, preço e conta,
Não chorava, sem conta, o não ter Tempo."
Soneto escrito no século XVII por Frei Castelo Branco
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