"(...)O quase tudo numa relação não é o sexo estonteante, a paixão avassaladora, a elevação de um grande amor, os planos megalómanos para um futuro glorioso, ramos de flores em catadupa e declarações vibrantes à beira do Lago de Como.
O quase tudo são outras coisas feitas de pequenos nadas, de duas pessoas falarem a mesma linguagem, de gostarem de ouvir a mesma música, de adormecerem em concha e conseguirem virar-se na cama sem acordar o outro, de se rirem das mesmas parvoíces, de olharem para o mundo com os mesmo olhos.
O quase tudo tem mais a ver com entendimento do que com encantamento, com hábito do que com excepção, com rotina do que com grandes rasgos. Isto não quer dizer que um bom marido não seja um óptimo amante ou que uma óptima mulher não seja uma bomba na cama: até é natural que também o seja, mas no cômputo final, afinal, não é só isso que conta.(...)"
in http://sol.sapo.pt/blogs/margaridarebelopinto/default.aspx
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