quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

SAUDADE

"De quando me ligavas só para me ouvires e eu, convencida de que te lembraras de picar o ponto porque sim, porque era apenas mais um dia de trabalho encerrado em monotonias pasmadas. Eu, a pensar que tanto se nos dava como se nos daria, que era assim mas poderia ser assado, que nada restaria a final das nossas vozes, que se encontravam naquelas banalidades de meios de manhã e de fins de tarde. Eu, a achar que tudo em mim ficaria na mesma e que passaria ao lado da casualidade aparente do teu timbre gentil, que se me chegava entrecortado por uma emoção traiçoeira (ou apenas pela fraca cobertura de rede, quem sabe)."

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