
MRP
SOU UM ESPÍRITO LIVRE... "(escrevo) Para pensar. Para compreender. Acontece que eu sou assim. Preciso de registar as coisas para sentir que as compreendo plenamente."

Não ficaria sentada à tua espera, de mala feita, ansiosa (...) Gostava de te enterrar agora, de uma vez por todas. Matar-te dentro de mim e não pensar mais no assunto. Mas não consigo. Ainda não consigo. Esta raiva é o que me resta para me lembrar de ti. As duas únicas recordações que tenho do tempo em que ainda existias na minha vida, já estão tão gastas e usadas que só se percebem as sombras. Foi de vê-las muitas vezes, sabes? Gostava de te insultar, de te dizer coisas horríveis. Gostava que te sentisses mal o resto da tua vida até ao dia em que morresses. E nesse dia eu seria devorada pelos remorsos por isso acho que é melhor ficar calada. Até porque depois de te dizer coisas horríveis - verdades absolutas - ficaria à espera que me respondesses alguma coisa extraordinária e ambos sabemos que isso não vai acontecer. E depois era ainda pior. Por isso deixo-me estar sem ti. Só com a raiva e a indignação que não há meio de passar. Até ao dia em te enterrarei, de uma vez por todas."
"Um guerreiro da luz não fica repetindo sempre a mesma luta. Se o combate, depois de algum tempo, não tem avanços nem recuos, ele compreende que é preciso sentar-se com o inimigo e discutir uma trégua. Ambos já praticaram a arte da espada, e agora precisam se entender. É um gesto de dignidade - e não de covardia. É um equilíbrio de forças, e uma mudança de estratégia. Traçados os planos de paz, os guerreiros voltam para suas casas. Não precisam provar nada a ninguém; combateram o bom Combate, e mantiveram a fé. Cada um cedeu um pouco, aprendendo com isto a arte da negociação."
O que levará alguém a responder simplesmente "perfeito"? E porque é que os homens que reiteradamente me dão a mencionada resposta, normalmente não me têm grande estima ou respeito? Será sina ou simplesmente coincidência?
Quando me respondem "perfeito", fico irritada ... É que a mim irrita-me que me enganem e que pensem que - com falinhas mansas - eu não o percebo!
“Mas então como se faz uma declaração de amor? Em papel selado, na presença de um advogado. Por que não? As piores declarações são as pífias e clandestinas, do género «Acho-te uma pessoa muito interessante». As melhores são aquelas que comprometem quem as faz, que se baseiam em provas capazes de serem apresentadas em tribunal, que fazem corar as testemunhas. As declarações do tipo «Experimentar-a-ver-se-dá» nunca dão. É melhor mandar imprimir 2000 folhetos e distribuí-los por avioneta à população, devidamente identificados, do que um bilhetinho anónimo de um «admirador». As declarações de amor têm de cortar a respiração de quem as recebe, têm de rebentar na cara de quem as lê. O amor e o terrorismo são questões de objectivo, e não de grau.”